Mas afinal, o que é audiovisual ?

Comunicação audiovisual é todo meio de comunicação expresso com a utilização conjunta de componentes visuais (signos, imagens, desenhos, gráficos etc.) e sonoros (voz, música, ruído, efeitos onomatopeicos etc.), ou seja, tudo que pode ser ao mesmo tempo visto e ouvido.)
Então, os citados abaixo só podem ser peças audiovisuais...
Animação refere-se ao processo segundo o qual cada fotograma de um filme é produzido individualmente, podendo ser gerado quer por computação gráfica quer fotografando uma imagem desenhada quer repetidamente fazendo-se pequenas mudanças a um modelo (ver claymation e stop motion), fotografando o resultado. Quando os fotogramas são ligados entre si e o filme resultante é visto a uma velocidade de 16 ou mais imagens por segundo, há uma ilusão de movimento contínuo (por causa da persistência de visão). A construção de um filme torna-se assim um trabalho muito intensivo e por vezes entediante. O desenvolvimento da animação digital aumentou muito a velocidade do processo, eliminando tarefas mecânicas e repetitivas
O cinema, abreviação de cinematógrafo, é a técnica de projetar fotogramas (quadros) de forma rápida e sucessiva para criar a impressão de movimento ("kino" em grego significa movimento e "grafos" escrever ou gravar), bem como a arte de se produzir obras estéticas, narrativas ou não, com esta técnica.
A invenção da fotografia e sobretudo a da fotografia animada foram momentos cruciais para o desenvolvimento não só das artes como da ciência, em particular no campo da antropologia visual.
O cinema é possível graças à invenção do cinematógrafo pelos Irmãos Lumière no final do século XIX. A 28 de dezembro de 1895, no subterrâneo do Grand Café, em Paris, eles realizaram a primeira exibição pública e paga de cinema: uma série de dez filmes, com duração de 40 a 50 segundos cada, já que os rolos de película tinham quinze metros de comprimento. Os filmes até hoje mais conhecidos desta primeira sessão chamavam-se "A saída dos operários da Fábrica Lumière" e "A chegada do trem à Estação Ciotat", cujos títulos exprimem bem o conteúdo. Apesar de também existirem registros de projeções um pouco anteriores a outros inventores (como os irmãos Skladanowski na Alemanha), a sessão dos Lumiére é aceita pela maciça maioria da literatura cinematográfica como o marco inicial da nova arte. O cinema expandiu-se, a partir de então, por toda a França, Europa e Estados Unidos, através de cinegrafistas enviados pelos irmãos Lumière, para captar imagens de vários países.
Nesta mesma época, um mágico ilusionista chamado Meliès, quis comprar o aparelho produzido pelos irmãos Lumiére mas foi barrado pelos próprios. Depois de muita insistência, Meliès obteve seu aparelho e começou produzir filmes mais teatrais, com efeitos e narrativas e acabou se transformando no Pai do Cinema.
Logo depois veio Griffithi, gênio do Cinema, que no começo do século XX, fez superproduções com vários planos de filmagens nunca dante vistos. Destaque para "Intolerância", admirado até hoje entre cineastas e cinéfilos.
Como forma de registrar acontecimentos ou de narrar histórias, o Cinema é uma arte que geralmente se denomina a sétima arte, desde a publicação do Manifesto das Sete Artes pelo teórico italiano Ricciotto Canudo em 1911. Dentro do Cinema existem duas grandes correntes: o cinema de ficção e o cinema documental.
Como registro de imagens e som em comunicação, o Cinema também é uma mídia. A indústria cinematográfica se transformou em um negócio importante em países como a Índia e os Estados Unidos, respectivamente o maior produtor em número de filmes por ano e o que possui a maior economia cinematográfica, tanto em seu mercado interno quanto no volume de exportações.
A projeção de imagens estáticas em seqüência para criar a ilusão de movimento deve ser de no minimo 16 fotogramas (quadros) por segundo, para que o cérebro humano não detecte que são, na verdade, imagens isoladas. Desde 1929, juntamente com a universalização do cinema sonoro, as projeções cinematográficas no mundo inteiro foram padronizadas em 24 quadros por segundo
Televisão (do grego tele - distante e do latim visione - visão) é um sistema eletrônico de transmissão de imagens e som de forma instantânea. Funciona a partir da análise e conversão da luz e do som em ondas eletromagnéticas e de sua reconversão em um aparelho - o televisor - que recebe também o mesmo nome do sistema ou pode ainda ser chamado de aparelho de TV. O televisor ou aparelho de TV capta as ondas eletromagnéticas e através de seus componentes internos as converte novamente em imagem e som.
O vídeo, do latim "eu vejo", é uma tecnologia de processamento de sinais electrónicos analógicos ou digitais para representar imagens em movimento. A aplicação principal da tecnologia de vídeo é a televisão, mas ela também é muito aplicada em engenharia, ciência, manufactura, segurança e artes plásticas (vídeo-arte). Outras utilizações do vídeo tendem a usar os formatos de vídeo desenvolvidos para a televisão.
Chama-se também de vídeo uma animação composta por sua grande maioria de fotos sequenciais, quadro-a-quadro.
da Wikipédia

Doctv Bahia


Publicado no Jornal A Tarde, no dia 18/04/2006
* Orlando Senna
O programa de produção e teledifusão de documentários DocTV, já em seu terceiro ano, é uma política associativa, uma engenharia de ação pública-privada que se move em rede, possibilitada pela associação entre o governo federal e os 27 governos Estaduais. Implica, em cada Estado, a associação entre TV pública e produção independente,representada pelas associações estaduais de documentaristas.Na Bahia, a parceria está estabelecida entre a Secretaria do Audiovisual/MinC (aportando 80% dos custos), o Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia (aportando 20% e janelas de exibição) e a AssociaçãoBaiana de Cinema e Vídeo (irradiando o programa no setor privado). Essaparceria permitiu e permite a produção de dois documentários por ano, ou seja, seis documentários até o momento. O programa se propunha, e está conseguindo, à regionalização da produção de documentários, firmando-se como um dos instrumentos mais fortes na política geral de regionalização do MinC. Também se propunha, e está materializando, a articulação de um circuito nacional de teledifusão.O êxito do programa no Brasil tornou-o referência de política pública nos países ibero-americanos (que montaram o DocTV Ibero América, ora em realização em 15 países) e nos países que pleiteiam a implantação de um DocTV América Central e de um DocTV da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Um dos aspectos mais fortes do programa é o seu caráter multiplicador. Desde a sua segunda edição, alguns Estados decidiram realizar, por conta própria, mais documentários do que o previsto no acordo geral, na Carteira Nacional.Os documentários dessas Carteiras Regionais são absorvidos pela rede de difusão. Estava previsto que, em dezembro de 2006, o número de documentários produzidos em três anos seria de 96, mas a quantidade será bem maior graças às iniciativas de Alagoas, Brasília, Goiás, Minas Gerais, Piauí e São Paulo, que produziram 20 títulos por conta própria.Neste momento está sendo negociada a viabilização de mais 31 títulos no Pará, Tocantins e Rio de Janeiro e em um novo esquema de produção regional em que vários Estados se juntam com o mesmo objetivo, estando em formatação os DocTVs Norte, Nordeste, Vitória-Minas e Sul.O número previsto de 96 documentários já saltou para 116 e poderá chegar, em dezembro, a 147. A essas Carteiras Regionais, nascidas da decisão e do empenho de alguns Estados, eu me referi em entrevista publicada em A TARDE em 21/3/2006 (Por uma política cultural baiana), com o intuito de estimular as instituições públicas e o setor privado baianos a se somarem a esse movimento. Esse impulso, o de chamar a atenção da Bahia para essa possibilidade, foi motivado pela tradição e pelas evidentes potencialidades de produção e criação audiovisuais que o Estado vem apresentando nos últimos três anos. Para o DocTV 2006, por exemplo, a Bahia está apresentando o número recorde de 49 projetos, indicativo de que há uma demanda crescente a ser atendida.Por isso, volto a insistir na sugestão de um DocTV Regional da Bahia, esperando contar com a bênção de Oxumaré, orixá da beleza, das artes, do cinema e da televisão. * Cineasta, secretário Nacional do Audiovisual